Ayahuasca, Nixi Pae, Uni
O ritual do Nixi Pae ou Huni Pae, como os Huni Kuin denominam, é a cerimônia na qual é consagrada a medicina da ayahuasca. Nixi é o cipó, Pae é a força, e o ritual é um dos elementos basilares da cultura ancestral deste povo da Floresta.
Bebe-se a ayahuasca desde tempos milenares, imemoriais, e desde então os pajés vem descobrindo e se relacionando com esta medicina para trazer para a aldeia uma experiência de abertura de consciência e profunda conexão com as forças da natureza.
Na floresta, as cerimônias são realizadas para trazer cura para a família, trazer entendimento e harmonizar situações, compreender o passado, antever o futuro e despertar para o presente.
Como dizem os pajés: O verdadeiro pajé é a própria medicina, o nixi pae, e seu espírito. Quem ensinou os mistérios da ayahuasca foi a jibóia, a serpente transcendental.
Através de cantos sagrados, os “huni meka”, transmitidos há milênios de pai para filhos, de avôs e avós para os netos, a força do nixi pae é chamada e conduzida, invocando os espíritos encantados da Floresta: plantas, animais (jibóia, gavião real, onça, pássaros, borboleta, besouro, grilo, sapo, veado, etc…), os “kene”, grafismos sagrados, a água, o sol, a lua, as estrelas, a mata, o vento, o dia, a noite, o masculino, o feminino e o pensamento, a consciência. Cada um é “yuxibu”, um espírito, uma manifestação divina. E todos e tudo é yuxibu (o grande espírito / Deus).
Junto com a ayahuasca, também se usa a medicina milenar do rapé. Aplicado pelos pajés, esta mistura de tabaco e cinzas da casca de árvores específicas trabalha de maneira sinérgica com o nixi pae. Certas vezes, também é oferecida a “sananga” (colírio). O rapé e a sananga são disponibilizados e aplicados naqueles que voluntariamente “sentirem o chamado” por estas medicinas.
Abrindo a conexão de cada um com sua essência e assim com o divino, o ritual do nixi pae entrega a cada pessoa aquilo que precisa ser vivido, sentido, compreendido, para que se aproxime ao máximo de yuxibu, para que seja uma manifestação mais pura de yuxibu. Cura, aprendizado e evolução que vem com o despertar da essência, da real natureza interior, através de um contato com a pura vibração da Floresta.
O ritual realizado pelo Guardiões segue da forma mais tradicional possível a maneira pela qual os indígenas praticam esta cerimônia milenar, e utiliza a experiência acumulada pelo grupo desde 2005, para que sua força seja mais bem aproveitada pelas pessoas da cidade.
O ritual acontece de forma completamente orgânica, não existe um roteiro de cantos pré-definido. O que se sabe é que há um começo, um meio e um fim.
Para começar, a cantoria tradicional chama a força. Aos poucos, a força se expande para que cheguem as mirações e os ensinamentos. E então vem a oportunidade da cura. Gradualmente, vai se chamando de volta ao corpo, espalhando leveza e alegria.
Os pajés, com a assistência dos guardiões, se colocam como canais para que yuxibu e os seres da floresta possam se manifestar através dos cantos, escolhidos de acordo com o que se mostra o ideal para cada momento, considerando como a energia está fluindo para cada pessoa e para a corrente como um todo, de maneira totalmente intuitiva.
Os guardiões se dedicam a servir e zelar pela corrente, atuando como facilitadores da experiência dos demais presentes, estando disponíveis para dar qualquer tipo de assistência que venha a ser necessária, trabalhando tanto no plano físico, quanto energético e espiritual.
O ritual começa à noite e segue até o início da manhã, contando também com a participação musical dos guardiões e convidados de outras casas ayahuasqueiras, ao longo das últimas horas de cerimônia.
Nunca se sabe exatamente o que irá acontecer durante o ritual. Cada um é único, tal como cada pajé, cada pessoa presente e suas jornadas, cada medicina e cada momento dentro do universo.
A única coisa que se sabe, é que no final todos estão muito bem, com a energia renovada e a consciência num novo patamar. Uma ciência antiga, profunda e segura, com o amparo e através das forças da natureza.
Os condutores indígenas e os guardiões primam pelo acolhimento e aliança a todas as culturas e manifestações ayahuasqueiras que carregam esta ciência da floresta com zelo; como também com as mais diversas tradições xamânicas e linhas espirituais do planeta, que compartilham deste mesmo propósito de cura e amor incondicionais, e reconexão com a natureza e o divino.
Recomendações
GUIA PRÁTICO
de um ritual típico
Programação do Ritual (Horário Aproximado)
1. 18h – Chegue cedo no local do ritual para ir se aclimatando. Se quiser, pode fazer uma sauna com ervas para relaxar antes da cerimônia.
2. 20h – Sopa.
3. 21h – Conversa preliminar.
4. 22h – Ritual começa e vai até o amanhecer.
5. 8h-9h – Café da manhã.
6. 12h – Horário de Retorno.
Como é a dinâmica de um ritual:
- Os rituais são conduzidos num kupixawa (oca indígena) arejado, com capacidade para 110 pessoas. Os participantes se sentam ao redor de um fogo central, em esteiras e cadeiras de chão sobre piso de terra.
- Guardiões estarão presentes para ajudar e apoiar os participantes.
- O ritual é conduzido essencialmente a partir dos cantos tradicionais dos povos indígenas.
Dicas para um melhor aproveitamento do ritual:
- Mantenha o silêncio.
- Procure entrar em um estado meditativo.
- Concentre na respiração e nos cantos.
- Confie na medicina.
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COMO SE PREPARAR
Avisos e informações
Como se preparar para a cerimônia
- Todos os iniciantes (com Ayahuasca ou nosso grupo), devem ter uma entrevista com um de nossos psicólogos.
- Sugerimos uma dieta de pelo menos três dias antes do ritual: evite açúcar, sal, gordura, álcool e relações sexuais.
- Certifique-se de nos informar ao se registrar se você usa algum tipo de medicamento.
- Recomendamos que todos participem da lista de caronas (solicitando ou oferecendo caronas). Se você conseguir uma carona, lembre-se de contribuir com os custos do combustível.
Avisos
- É desaconselhável afastar-se do local do ritual (kupixawa) durante a cerimônia. É importante manter a corrente energética com sua presença e comprometer-se a encerrar a cerimônia, juntos.
- A Aldeia Akasha está situada em uma área montanhosa, cerca de 15km (20 minutos) a nordeste do centro de Itaipava e os últimos 800m são de estrada de terra. É importante lembrar que assim que você sair da área urbana, não haverá cobertura de telefonia móvel.
Sugestão de itens para levar
- Roupas leves e confortáveis para o ritual.
- Garrafa de água para seu próprio uso.
Agasalhos, cobertor ou saco de dormir (geralmente faz frio nas montanhas). - Lanterna
- Repelente de insetos (às vezes há mosquitos pela manhã)
- Sacos de plástico para recolher o seu próprio lixo
- Roupa de banho, toalha, chinelos e troca de roupa (temos sauna, piscinas naturais e cascata)
Nas montanhas de Itaipava, a Aldeia Akasha, antes mesmo de ter este nome, já servia de espaço sagrado para rituais xamânicos. Com suas águas e cachoeira, foi durante anos acampamento para cerimônias e vivências. Em 2015, a partir da parceria com a TXAI/Guardiões Huni Kuin RJ, o lugar foi crescendo em estruturas quase que organicamente para atender as demandas.
Cada um dos espaços criados segue os princípios da bioconstrução e da geometria sagrada, visando além da sustentabilidade e integração com a natureza, uma potencialização energética. As áreas incluem:
- Kupixawá (Centro Cerimonial)
- Terreiro para cerimônias
- Área de camping
- Geodésica
- Redário
- Banheiros secos e regulares
- Vestiario
- Cachoeira
- Piscinas naturais
- Sauna herbária
EM BREVE
- Restaurante
- Bangalôs para hospedagem
Como disse um dos maiores pesquisadores da mente humana, Carl Jung: “Toda patologia do homem moderno provém do seu afastamento da natureza”.